O descumprimento de quatro quesitos básicos no contrato de cerca de 40 motoristas da empresa Litucera, Serviços e Engenharia gera protesto da categoria deste as primeiras horas da manhã desta terça-feira (25). Com isso, o recolhimento de 200 toneladas (média diária) de lixo em Pelotas está comprometido.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Pelotas, Éder Blank, enquanto não houver uma reunião entre categoria, empresa e Sanep - autarquia responsável pelo contrato com a Litucera - os funcionários permanecerão em frente à empresa, mobilizados com faixas, cartazes, barraca e chimarrão.

Entre as reivindicações estão a falta do repasse do dissídio coletivo com data-base em de 1º de maio; o pagamento de 40% pelo adicional noturno, sendo que empresa paga 20%, e o não adiantamento da quinzena. Conforme Blank, os servidores também discordam da exigência de bater o cartão ponto ao retornarem com o caminhão à sede, sendo que ainda permanecem na atividade para a limpeza do veículo. "Há 15 dias tivemos uma reunião com os dirigentes que ficaram de 'ver a situação'. Na quinta-feira, avisamos sobre as reivindicações ao Sanep", comentou o representante sindical.

Medida
O Sanep está ciente da situação e, caso não houver acordo, ainda nesta terça-feira, a Procuradoria do Município entrará com uma medida cautelar para que o serviço seja executado. "Confrorme o jurídico da empresa, os motoristas estão vinculados ao Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação de Pelotas (Sindiasseio)," disse o diretor-presidente do Sanep Jacques Reydams.

Neste caso, os motoristas não teriam direito ao que está sendo reivindicado. No entanto, Éder Blank, tem em mãos um documento referente ao processo 21136-49.2016.5.04.0101, que extingue o pedido judicial da Litucera de vincular a categoria ao Sindiasseio. A reportagem tentou contato com representantes mas foi informada de que a empresa não irá se manifestar.